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Desmatamento na Amazônia cresce 14% e é o maior desde 2008

O número representa um crescimento de 13,7% em relação ao período anterior (2016-2017)

O desmatamento na Amazônia voltou a crescer entre 2017 e 2018, e atingiu o maior patamar da última década, com 7,9 mil km² de floresta derrubados. O número representa um crescimento de 13,7% em relação ao período anterior (2016-2017).

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (23) pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. As informações são relativas ao Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite), sob responsabilidade do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Desde 2013, os dados de desmatamento Prodes vem apresentando uma tendência de crescimento. O pico de destruição nesse período ocorreu em 2016, com 7,9 mil km², o que representou um aumento de 29% em relação ao ano anterior.

Durante o período eleitoral de 2018, de agosto a outubro, houve uma explosão no desmatamento amazônico, que cresceu 48,8% em relação ao mesmo espaço de tempo do ano anterior. O monitoramento em questão, porém, é relacionado ao Deter B, outro projeto do Inpe que acompanha o desmatamento quase em tempo real, mas possui menor resolução que o Prodes. De toda forma, os dois sistemas apresentam grande convergência de informações.

Esses dados, contudo, só farão parte do Prodes 2019, pois o sistema considera as taxas anuais de desmatamento entre os períodos de agosto do ano anterior e julho do ano atual.

À época da divulgação pela Folha de S.Paulo do aumento do desmate durante a eleição, especialistas já alertavam que os dados oficiais de derrubada possivelmente apresentariam crescimento.

Para as taxas anuais de desmatamento são consideradas derrubadas maiores do que 6,25 hectares. Os dados apresentados são uma estimativa, sendo que a versão consolidada só será apresentado no primeiro semestre de 2019.

Nas duas últimas décadas, a redução no desmatamento da Amazônia foi significativa. Após 2004 ter registrado o segundo maior desmate –27,8 mil km²– documentado desde o início do Prodes, as taxas de destruição chegaram ao nível mais baixo (4,6 mil km²) em 2012.

O recorde de derrubadas pertence a 1995, com 29,1 mil km² destruídos.

Historicamente, os estados que puxam o desmatamento são Pará -que tem apresentado tendência de alta- e Mato Grosso – com níveis estáveis nos últimos anos-, seguidos de Rondônia e Amazonas. Com informações da Folhapress.

SIEL GUINCHOS

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