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Defesa agropecuária garante segurança e qualidade na produção de cacau

Tempo certo de colheita, processo de fermentação, secagem e classificação do cacau são alguns dos fatores para a produção de chocolate com alto valor nutritivo

O Dia Mundial do Chocolate, celebrado em 7 de junho, é a data que marca a chegada do produto na Europa, no século 15. Atualmente, são diversos tipos e sabores: vegano, zero lactose, amargo, ao leite, com castanha, licor e pimenta. Mas todos têm em comum o cacau como matéria-prima. O Brasil é sétimo país que mais produz cacau no mundo e conta com um rigoroso serviço de defesa agropecuária para garantir a qualidade do chocolate ao consumidor final.

Os auditores fiscais federais agropecuários (affas), ligados ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), são os responsáveis por fiscalizar a produção e o comércio das amêndoas do cacau. O trabalho vai desde a fiscalização nas plantações em território nacional, até a exportação e a importação da iguaria. O objetivo é verificar se existem doenças e pragas nas sementes, o que compromete a segurança do alimento.

A maior preocupação do serviço de defesa agropecuária é com a “vassoura-de-bruxa”, uma praga causada pelo fungo Moniliophthora, que acomete as produções, se não houver o monitoramento e o controle adequados. O nome dado à praga tem a ver com os ramos do cacaueiro secos que parecem uma vassoura velha. Os casos são mais frequentes em plantações na Bahia e no Espírito Santo.

“Quando há registros dessa praga, as sementes secam e não conseguem realizar fotossíntese. Com isso, apodrecem e não podem ser aproveitadas para comercialização gerando grandes prejuízos ao agro”, explica o diretor de Comunicação e Relações Públicas do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), Antonio Andrade.

Para garantir a qualidade de fabricação do chocolate, alguns procedimentos são imprescindíveis, segundo o diretor, que também é auditor agropecuário. “Podemos destacar alguns fatores importantes nessa cadeia de produção, começando pela colheita das amêndoas do cacau, que precisa ser feita no tempo certo. Ainda é preciso estar atento ao processo de fermentação, secagem e classificação das sementes”, afirma. “Se o cacau estiver em boa qualidade, cerca de dez quilos das amêndoas rendem oito quilos de chocolate, em média”, estima.

De acordo com o Mapa, o cacau é fonte de renda para mais de 70 mil produtores, sendo que a maioria, cerca de 70%, trabalham em pequenas propriedades. Dentre os principais estados produtores da iguaria estão a Bahia, o Pará e o Espírito Santo.

Bom para a saúde

Rico em antioxidantes, potássio, magnésio, zinco e cobre, o cacau é responsável por ativar o hormônio da felicidade e do bem-estar. Para isso, o chocolate precisa ter alto valor nutritivo. E tem mais: quanto maior o índice de cacau e menor a quantidade de açúcar, melhor para a saúde. Uma boa opção são os chocolates meio amargo ou amargo, a partir de 70% de cacau.

Se estiver em um dia estressante, o chocolate pode ajudar, já que o cacau libera serotonina no organismo, o que causa uma sensação de relaxamento e bem-estar. Redução da ansiedade, insônia e depressão também são alguns dos benefícios do alimento.

Fonte: MAPA

SIEL GUINCHOS

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