“Caminharemos de mãos dadas para o reconhecimento, cada vez maior, dos povos e comunidades tradicionais, para que possam continuar vivendo e acessando seus direitos. A interiorização deste debate dá a certeza de que podemos contar vários aliados nesta causa”, reforçou o prefeito de Correntina, Nilson Rodrigues. Ele destacou a atenção à agricultura familiar como uma das prioridades nas cooperações a serem desenvolvidas.
A representante do segmento de fecho de pasto, Euziene Silva, ressaltou que as discussões têm impacto significativo na visibilidade da população que preza, secularmente, pelo modo de viver coletivo. “Estas iniciativas significam que o Estado está presente e tem apoiado as comunidades. É uma troca de conhecimentos e experiências. Aqui temos a oportunidade de trazer o protagonismo do nosso povo”, destacou. “A CESPCT representa, de fato, a diversidade populacional que existe no estado da Bahia, completou Marcos Beltrão, representante do segmento de geraizeiros, defendendo a garantia da água e do território como agenda principal de luta.
A programação do evento, que termina nesta sexta-feira (15), também inclui visitas aos povos e comunidades tradicionais do entorno, exposição sobre a conjuntura na região Oeste e rodas de diálogo com a sociedade civil e o poder público.
A CESPCT – A Comissão Estadual para a Sustentabilidade dos Povos e Comunidades Tradicionais (CESPCT) é uma instância colegiada, de caráter deliberativo, com a finalidade de coordenar a elaboração e implementação da Política e do Plano Estadual de Sustentabilidade dos Povos e Comunidades Tradicionais da Bahia. O grupo é formado por 18 representantes da sociedade civil dos seguintes segmentos: indígenas, ciganos, terreiros, marisqueiras e pescadores, fundos e fechos de pasto, geraizeiros, quilombolas e extrativistas, sendo composto também pelo poder público.