NOVA BAHIA 2024

Cuidado com as crianças nas piscinas deve ser redobrado

Em caso de afogamento, a primeira medida é ligar para o 192 ou 193

Uso de piscinas com crianças requer cuidado e atenção – Foto: Rafaela Araújo | Ag. A TARDE

O ano de 2023, começou mostrando os perigos das piscinas em clubes e condomínios da Bahia. Somente no mês de janeiro, duas crianças morreram afogadas em Porto Seguro e Feira de Santana, trazendo de volta a discussão sobre os cuidados que os pais precisam ter com os pequenos e a segurança dos equipamentos de lazer por parte da administração do local.

“Durante a pandemia, na faixa etária de 1 a 4 anos o afogamento virou a maior causa de morte no Brasil, e a segunda causa na faixa de 5 a 9 anos”, disse o cabo Vitor Mendson, do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia. 

Os guarda-vidas geralmente são encontrados em piscinas de clubes, mas nos condomínios são vistos apenas quando tem evento de grande porte. 

Para garantir maior segurança, cabo Mendson recomenda a instalação de cercas ou grades com 1,5 metro de altura, vazadas para que não seja possível escalar e com trancas para evitar a circulação das crianças na área da piscina.  

Risco

Outro dispositivo que também não é indicado é o uso de coberturas de lona, porque previnem contra sujeiras, mas facilitam o afogamento. “As crianças acessam a área da piscina, pisam na lona e acabam se afogando também, em alguns casos o pequeno levanta a capa, cai na piscina, não consegue sair e ninguém vê de longe”, comenta o militar.

A coordenadora pedagógica Larissa Moraes, moradora de um condomínio com piscina, tem um filho de 7 anos e conta que no local não tem salva vidas. “Apesar de hoje ele saber nadar, sempre está sob a supervisão de um adulto. Nunca foi na piscina sozinho, até porque é regra do condomínio”.

Primeiros  socorros

Em caso de afogamento, o cabo Medson diz que a primeira medida é ligar para o 192 ou 193. Após isso, realizar cinco ventilações boca e nariz e, se a criança reagir, colocá-la virada para o lado direito e esperar o socorro. Caso a vítima não reaja, é para fazer compressões no esterno – osso que divide os mamilos – com uma mão. Até um ano, as compressões são realizadas com os dedos anelar e médio.

SIEL GUINCHOS

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