A cerimônia de posse do novo presidente, Jair Bolsonaro (PSL), terá o maior esquema de segurança jamais visto na história do Brasil. Mais de 12 mil policiais militares, civis e federais e bombeiros, além de integrantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica serão distribuídos em pontos-chave da Esplanada dos Ministérios e de todo o Distrito Federal, com aparato de guerra que inclui tanques, veículos blindados e armados, além de dezenas de atiradores de elite.
Além de uma série de medidas restritivas à circulação, mísseis antiaéreos, capazes de atingir uma aeronave a sete quilômetros de distância, estarão preparados para responder a qualquer sinal de hostilidade. Desde a semana passada, a Polícia Federal (PF) apura suposta ameaça contra Bolsonaro.
O autor seria um grupo que se define como “terrorista” e reivindicou a autoria de uma bomba encontrada em uma igreja de Brazlândia, região administrativa do Distrito Federal, na madrugada de Natal. O artefato explosivo foi desarmado pela Polícia Militar. Ainda como candidato à Presidência, Bolsonaro sofreu um atentado durante um ato público de campanha, em Juiz de Fora, Minas Gerais.
Os atiradores de elite, também conhecidos como “snipers”, serão distribuídos em locais estratégicos da Esplanada. Ainda como reforço à segurança, a organização da cerimônia não confirmou se Bolsonaro vai desfilar em carro aberto. A decisão deve ser tomada poucas horas antes do início do evento.
A Esplanada e ruas próximas já estão interditadas desde domingo. Pela primeira vez em Brasília, soldados do Exército cercaram a parte inferior da Esplanada e outras áreas com arame farpado e lâminas (concertina). A partir da rodoviária do Plano Piloto, foram instaladas quatro linhas de revista e detecção de metais.
Quem quiser acompanhar a posse só terá acesso à área a pé – ainda assim, precisará passar por outras quatro barreiras e revistas. A lista de proibições é extensa. Entre os itens proibidos estão bebidas alcoólicas, carrinhos de bebês, fogos de artifício, bolsas, mochilas, guarda-chuva, animais e até garrafas de água – postos para distribuição de água foram montados ao longo da Esplanada.
O uso de drones também está proibido – e será considerado como um equipamento de alto risco à segurança do presidente. O presidente Michel Temer assinou um decreto em que autoriza as Forças Armadas abater aeronaves “suspeitas ou hostis que possam apresentar ameaça à segurança”.