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Ceplac e Embrapa ficam fora dos debates sobre melhoramento da produção de cacau

Uma matéria publicada domingo (01/07) no The New York Times com o título “A Battle to Save the World’s Favorite Treat: Chocolate” (Uma batalha para salvar o deleite favorito do mundo: chocolate), replicada pelo grupo Uol/Folha, revela o drama da produção de cacau no mundo, abatida por pragas causadas principalmente pelo fungo chamado Moniliophthora roreri ou monilíase.

A matéria relata pesquisas iniciadas nos anos 1940 para seleção de clones mais resistentes. O fungo monilíase levou a uma redução de 96% das exportações de amêndoas de cacau na Costa Rica em 1983.

Desde então as pesquisas se intensificaram no Centro de Pesquisa Agrícola e Ensino Superior Tropical localizado em Turrialba, na Costa Rica.

A incidência do monilíase aumenta no momento em que a demanda por chocolate está crescendo, principalmente em grandes mercados consumidores como a China e a Índia.

A matéria do The New York Times, assinada por Myles Karp, não faz nenhuma referência aos estudos e pesquisas da Ceplac e da Embrapa sobre melhoramento genético do cacau, desconsiderando a importância da produção científica dessas instituições.

A indústria chocolateira já se prepara para a produção de chocolate a partir de misturas com amêndoas de vários híbridos considerados mais resistentes as pragas.

Sem expressão nem reconhecimento na cadeia produtiva do chocolate, o futuro parece reservar ao Brasil apenas um lugar no mercado consumidor.

Não bastassem as intensas secas que tem se abatido pelas áreas produtoras no sul da Bahia, o atraso tecnológico e falta de assistência à produção também estão contribuindo para o desaparecimento da lavoura cacaueira na região.

Fonte: O Busílis

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