Segundo o vice-presidente, o governo tem feito sua parte na mitigação do aquecimento global
O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou nesta quinta-feira (5) que apesar da redução nos níveis de água dos reservatórios de hidrelétricas em vista da maior seca registrada no País desde a década de 1950, o risco de falta de energia é baixo. Em entrevista à Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), entidade que representa montadoras, Alckmin fez uma menção às ações preventivas aprovadas nesta semana pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para garantir a oferta de energia a todo o País.
Segundo matéria do Estadão, o vice-presidente, que também comanda o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, pontuou ainda que o acionamento, caso necessário, das usinas térmicas não acarretará na falta de energia. Ele afirma ainda que o governo tem feito sua parte na mitigação do aquecimento global, citando a redução de 50% do desmatamento em 2023, com queda adicional de 32% neste ano.
“Acredito que o que disse a ONS é que coloca as térmicas para operarem, mas não há risco de falta de energia”, declarou Alckmin, que observou ainda que o movimento de redução no volume de chuvas, ao mesmo tempo em que a temperatura sobe acima da média histórica do País, reflete as mudanças climáticas, sendo que os países dos trópicos vão sofrer mais.
A mitigação dos efeitos do aquecimento global, destacou, passa pela preservação de florestas tropicais tanto no Brasil quanto na Indonésia e no Congo. Alckmin assinalou que o governo brasileiro tem feito sua parte, citou a redução de 50% do desmatamento em 2023, com queda adicional de 32% neste ano. O vice-presidente acrescentou que as medidas já lançadas dentro do compromisso de descarbonização representam uma redução de 280 milhões de toneladas em emissões de carbono em 15 anos.
Alckmin relembrou ainda a época em que atuou como governador do estado de São Paulo, quando a redução no nível dos reservatórios da Sabesp obrigou a empresa a usar, em 2014, água do volume morto do Sistema Cantareira, Alckmin disse que a crise foi atravessada na época sem racionamento, graças à interligação de sistemas.