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Desemprego no Brasil recua a 6,2%, o menor da série histórica iniciada em 2012

Taxa para o trimestre de março a maio indica queda de 1 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2024. Contingente de trabalhadores com carteira assinada atinge recorde, com 39,8 milhões

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Total de empregados com carteira assinada no setor privado foi recorde, chegando a 39,8 milhões de pessoas – Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

A taxa de desocupação no Brasil para o trimestre de março a maio de 2025 foi de 6,2%, a menor para o período desde o início da série histórica, em 2012. O índice representa uma queda de 0,6 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre de dezembro de 2024 a fevereiro de 2025 (6,8%) e queda de 1,0 p.p. frente ao mesmo trimestre do ano anterior (7,1%). Os dados são da PNAD Contínua Mensal, divulgada nesta sexta-feira, 27 de junho, pelo IBGE.

Já o contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiu um novo recorde, com um total 39,8 milhões, registrando estabilidade (0,5%) em relação ao trimestre anterior e crescimento de 3,7% ante igual trimestre do ano passado.250627_SECOM_Grafico-Taxa-de-desemprego-no-Brasil-2.jpg

“Os principais responsáveis para a redução expressiva da taxa de desocupação foram o aumento do contingente de ocupados, que cresceu 1,2 milhão de pessoas, naturalmente reduzindo a desocupação, além de taxas de subutilização mais baixas. Assim, semelhante às divulgações anteriores, o mercado de trabalho se mostra aquecido, levando à redução da mão-de-obra mais qualificada disponível e ao aumento de vagas formais”, explica William Kratochwill, analista da pesquisa.

Nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou sobre a redução do desemprego no país. “O Brasil vai continuar crescendo, superando as expectativas, gerando empregos e aumentando a renda”, afirmou.

 

RECUO NA DESOCUPAÇÃO – De março a maio de 2025, cerca de 6,8 milhões de pessoas estavam desocupadas no país. No confronto com o trimestre móvel anterior (dezembro de 2024 a fevereiro de 2025), no qual 7,5 milhões de pessoas não tinham ocupação, esse indicador recuou 8,6%, equivalente a menos 644 mil pessoas. Por outro lado, comparado a igual trimestre do ano anterior, quando existiam 7,8 milhões de pessoas desocupadas, houve recuo de 12,3%, uma redução de 955 mil pessoas desocupadas na força de trabalho.

AVANÇO NA OCUPAÇÃO – Segundo o IBGE, a quantidade de pessoas ocupadas no trimestre encerrado em maio era de 103,9 milhões, avanço de 1,2% em relação ao trimestre anterior. Na comparação anual, quando havia no Brasil 101,3 milhões de pessoas ocupadas, a alta foi de 2,5% (mais 2,5 milhões de pessoas). Já o nível da ocupação, que indica o percentual de pessoas ocupadas na população em idade para trabalhar, atingiu 58,5%, expansão de 0,6 p.p. ante o trimestre anterior. Confrontado ao mesmo trimestre do ano anterior (57,6%), esse indicador teve variação positiva de 1,0 p.p.

MENOS DESALENTADOS – Ainda, outro destaque ficou com a queda expressiva no número de desalentados (2,89 milhões) — aqueles que gostariam de trabalhar, mas desistiram de procurar emprego —, que registrou uma queda de 10,6% em relação aos três meses encerrados em abril e recuo de 13,1% na comparação de base anual. Esse é o menor número de desalentados desde 2016.

QUEDA NA INFORMALIDADE – Ainda segundo o IBGE, a taxa de informalidade — que é a proporção de trabalhadores informais na população ocupada — foi de 37,8%, o que corresponde a 39,3 milhões de trabalhadores informais. Esse índice foi inferior ao verificado tanto no trimestre móvel anterior (38,1%), como no mesmo trimestre de 2024 (38,6%).

De acordo com o IBGE, a queda na informalidade é consequência da estabilidade no número de trabalhadores sem carteira assinada (13,7 milhões) acompanhada da alta de 3,7% no número de trabalhadores por conta própria com CNPJ (+ 249 mil).

MASSA DE RENDIMENTO RECORDE – O rendimento médio mensal real habitual de todos os trabalhos chegou a R$ 3.457 no trimestre de março a maio de 2025, resultado estável, e registrou crescimento de 3,1% quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior. Já a massa de rendimento real habitual (a soma das remunerações de todos os trabalhadores) atingiu R$ 354,6 bilhões, novo recorde, subindo 1,8% no trimestre, um acréscimo de R$ 6,2 bilhões, e aumentando 5,8% (mais R$ 19,4 bilhões) no ano.

De acordo com William, o maior número de pessoas ocupadas amplia a base de rendimentos: “Como o rendimento médio real permaneceu estável, consequentemente ocorreu aumento da massa de rendimentos, ou seja, a maior massa de rendimentos resultou quase exclusivamente da expansão do volume de ocupados, e não de aumento do rendimento médio”.

SOBRE A PESQUISA – A PNAD Contínua é a principal pesquisa sobre a força de trabalho do Brasil. Sua amostra abrange 211 mil domicílios, espalhados por 3.500 municípios, que são visitados a cada trimestre. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham nessa pesquisa, integrados às mais de 500 agências do IBGE em todo o país.

 

 

 

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