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Lula orienta auxiliares a não atacarem adversários no pleito de outubro

“Ele [disse] que queria que cada ministro replicasse o modus de fazer política que ele tem defendido”, afirma Rui Costa

Depois de participar das sete horas de reunião ministerial no Palácio do Planalto, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse a jornalistas nesta quinta-feira (8) que Lula aproveitou o encontro para orientar seus auxiliares a apoiar seus respectivos candidatos nas eleições municipais deste ano, evitando ataques aos adversários, para preservar o “símbolo” do seu governo. A informação é da coluna Radar, da revista Veja.

Segundo Rui, o presidente disse que os ministros, “cada um do seu partido”, tinham “absoluta liberdade” para escolher os seus candidatos, mas que aconselhava os que fossem participar de campanhas a fazer “todos os elogios aos seus candidatos e não fizessem críticas ou ofensas a candidatos adversários, independente de quem é o adversário, se o adversário é da base ou não é da base”.

“Ele [disse] que queria que cada ministro replicasse o modus de fazer política que ele tem defendido, ou seja, da cintura pra cima, defendendo valores, propostas, e não de ataque a adversários”, afirmou.

De acordo com o chefe da Casa Civil, a orientação se deve ao fato de que cada ministro, mesmo que lá não esteja falando no respectivo cargo, simboliza o governo. “E ele gostaria que o símbolo do governo dele fosse de que cada um é muito enfático na defesa do seu candidato, mas não precisa colocar adjetivos negativos sobre os outros candidatos que existirem em cada município”, comentou.

“Esse foi o apelo que ele fez e, portanto, não vai cobrar e nem vai coordenar nenhum tipo de alinhamento partidário em relação a candidatos, mas deixa essa orientação”, comentou Costa.

Apesar do relato do ministro, Lula não hesita em fazer críticas ao seu antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro, sempre que tem oportunidade.

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