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Putin: contraofensiva ucraniana está “totalmente fracassada”

Para líder russo, atual conflito no Oriente Médio fornece cortina de fumaça conveniente às ações de seu exército na Ucrânia. Avanço em torno de Avdiivka, no leste, pode significar remarcação da frente de invasão.

Situada em região sob controle russo, Avdiivka demarca um front na invasão da Ucrânia© Alexnader Ermochenko/REUTERS

Enquanto os olhos do mundo se fixam no conflito do Oriente Médio, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou neste domingo (15/10) avanços de seu exército no front da Ucrânia, sobretudo em torno da cidade de Avdiivka, na região leste de Donetsk.

“Nossas tropas melhoram sua posição em quase todo esse espaço, um espaço bastante vasto”, comentou, em entrevista à TV nacional, elogiando a opção por uma estratégia de “defesa ativa”. “Isso concerne as zonas de Kupiansk, Zaporíja e Avdiivka.”

Avdiivka fica menos de 15 quilômetros ao norte de Donetsk, a capital, sob poder russo, da região homônima cuja anexação Putin declarou unilateralmente em 2022. Avdiivka caiu brevemente sob controle de separatistas russos, apoiados e armados por Moscou, em julho de 2014, mas foi retomada por Kiev. Desde então, ela marca a linha de frente do conflito, tendo sido bombardeada com frequência, antes mesmo da invasão da Ucrânia pelos russos, em 24 de fevereiro de 2022.

No sábado o prefeito de Avdiivka, o ucraniano Vitali Barabach, declarou que a situação estava “muito tensa”, com os russos mobilizando cada vez mais tropas para cercar a cidade. Isso apesar de o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, ter assegurado na véspera que seu exército se mantinha “firme” na área, resistindo ao assalto pelos soldados inimigos.

O mandatário registrou ainda que cerca de 1.600 civis permanecem em Avdiivka, e que evacuações são difíceis, devido aos bombardeios constantes. Antes da ofensiva russa, a cidade contava 30 mil habitantes.

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