Em sua primeira edição no atual governo, Boletim Macrofiscal estima inflação de 5,31% e déficit fiscal de R$ 99,01 bilhões

A Secretaria de Política Econômica, vinculada ao Ministério da Fazenda, projeta uma expansão do PIB em 1,61% este ano. A previsão consta do Boletim Macrofiscal, que teve sua primeira versão no atual governo divulgada nesta sexta-feira (17). A equipe econômica prevê também uma variação do IPCA em 5,31%.

No boletim anterior, divulgado em novembro de 2022, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro estimava uma variação de 4,6% na inflação e uma alta na atividade econômica de 2,1%.

Nesta sexta, a SPE alegou que a projeção anterior minimizava os efeitos dos juros altos sobre a economia e sobre o mercado de crédito. “Esses efeitos [desaceleração econômica] já foram parcialmente verificados durante o último trimestre de 2022, quando a economia teve retração de 0,2% na margem, e as concessões de crédito passaram a desacelerar de maneira mais acentuada”, destacou o órgão, no relatório.

Segundo os responsáveis pelo atual relatório, tanto as atividades de serviços quanto a indústria deverão ser afetados pela queda da demanda provocada pelos juros e pela contração do crédito. Esse movimento deve ocorrer mesmo com as medidas de proteção social previstas, como elevação real do salário mínimo, aumento da faixa de isenção de Imposto de Renda, o novo Bolsa Família e o programa de renegociação de dívidas Desenrola.

No boletim desta sexta, a SPE projeta um déficit de R$ 99,01 bilhões. A previsão da Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) é de 77,6% do PIB. Com informações da Agência Brasil.

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