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Com placar magro, Bahia volta a vencer o Vitória após quase três anos

Em jogo movimentado e chances desperdiçadas por ambos os lados, Tricolor se isola na ponta e Leão vive drama

Kayky marcou no primeiro tempo e provocou rival na comemoração – Foto: Uendel Galter | Ag. A TARDE

Há quase três anos o Bahia não vencia o rival Vitória na história recente do clássico. Com gol solitário de Kayky – 1 a 0 -, a escrita foi quebrada e o Tricolor saiu com o triunfo na tarde deste domingo, 29, na Arena Fonte Nova, em partida válida pela quinta rodada do Campeonato Baiano.

Em partida intensa e com boas chances criadas pelos dois lados, o Vitória acabou desperdiçando chances claras  e viu o Tricolor garantir os três pontos, assumindo a liderança isolada com 12 pontos, dois a mais que o Itabuna, que empatou fora de casa no último sábado, 28.

Estacionado na 8ª posição, o Rubro-Negro, ainda nesta rodada, pode cair para a última colocação da competição. São 4 pontos em 15 possíves. Em cinco jogos o Leão tem uma vitória, um empate e três derrotas.

Na próxima rodada o Bahia visita o Barcelona de Ilhéus, na quarta-feira, 1º, e o Vitória recebe o Jacobinense, na quinta-feira, 2. Ambas as partidas são válidas pela 6ª rodada do Baianão.

O jogo

Os torcedores viram um início de jogo no 1º tempo eletrizante. Bahia e Vitória entraram em campo internalizando o que um torcedor pede em clássico: intensidade de jogo, dividida firmes e briga pela posse de bola a todo instante.

Apesar de se desenhar num 4-3-3, com a bola rolando a tática do Leão estava clara, com três zagueiros, Dankler, Camutanga e Léo Gomes, e atuando como alas na fase ofensiva, Zeca e e João Lucas davam suporte ao meio de campo. Defendendo, o Vitória se montava numa última linha com cinco jogadores.

Aos poucos, sendo o dono da casa, o Bahia foi tentando colocar a bola no chão e assumir as iniciativas na Arena Fonte Nova. Assim chegou à primeira finalização do jogo com Kayky, aos 12 minutos, que acabou batendo fraco e facilitando a vida do goleiro Dalton.

O Tricolor apostava na juventude e velocidade da dubla Biel e Kayky. Com um bloco defensivo do Leão bem definido, Acevedo apostou em surpreender o adversário. Aos 17″, o uruguaio recebeu no círculo central do campo e rapidamente lançou Kayky às costas da zaga do Vitória. O ponta dominou, saiu cara-a-cara com Dalton, driblou o goleiro e finalizou com tranquilidade para o fundo das redes e abrir o placar na Arena Fonte Nova.

O Leão não se abateu! João Burse fez o time subir a marcação e incomodar a saída de bola do Bahia. Pressionado, Kanu forçou passe pro meio, na entrada da área, só que muito esticada pra Acevedo, que errou o domínio e viu Rafinha roubar a bola e sair na cara de Marcos Felipe. O artilheiro Rubro-Negro finalizou de chapa, mas acabou mandando a bola colada na trave direita do Tricolor. Uma grande incrível desperdiçada aos 21″.

O famoso “lá e cá” começou a ser a marca do primeiro tempo a partir dos 15 minutos finais. Com jogada ensaiada no escanteio, Rezende – que vive fase artilheira – pegou sobra na área, encheu e mandou a bola na trave de Dalton. Na sequência o Vitória também subiu o ataque para finalizar travado em cima da marcação.

Apesar do ímpeto ofensivo das duas equipes, a intensidade foi dando lugar à afobação, e o torcedor na Arena Fonte Nova pôde perceber sucessivos erros de passe dos dois lados. No fechamento da primeira etapa, mais um erro da zaga no toque de bola, dessa vez na frente de Tréllez. O atacante saiu cara a cara com Marcos Felipe, que ficou gigante pra fazer bela defesa e evitar o gol de empate. Novamente, mais uma chance claríssima que o Vitória jogou fora.

O 2º tempo foi iniciado quase como uma cópia do início da primeira etapa. No entanto, o Vitória já voltou o vestiário com a pressa de quem precisava do resultado para não se afundar de vez no Campeonato Baiano. As investidas do Leão abriam o espaço para o Bahia apostar na velocidade, e a dupla de vinda de Xerém Biel e Kayky tentavam na criatividade levar o Tricolor ao segundo gol.

Com um Bahia que queria ampliar o placar e um Vitória que tentava chegar ao empate, os técnicos Renato Paiva e João Burse começaram a promover as mudanças para modificar o cenário do jogo. Dibble, Wanderson e Alisson Santos entraram nos lugares de Rafinha, Tréllez e Osvaldo, respectivamente, mas não conseguiam concluir as jogadas ofensivas e levar perigo à meta Tricolor.

Everaldo, Jacaré e Mugni entraram nos lugares de Goulart, Kayky e Daniel, respectivamente, mas sem o sucesso para os dois atacantes e um jogo de controle e posse de bola com as características do meia argentino. O Bahia segurou o abafa final do Vitória, que não tinha mais forças pra criar jogadas pensadas, e tentava chegar ao gol na base do abafa.

Sem a mesma emoção do primeiro tempo, o árbitro Emerson Andrade acabou por encerrar a partida e decretou o triunfo do Bahia no clássico regional.

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