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Brasil tem 64 roubos ou furtos de carros e motos por hora, diz IBGE 

É a primeira vez que o instituto coleta e divulga dados sobre os crimes dessa forma, com o objetivo de medir também a violência que não é comunicada à polícia. 

Mais de meio milhão de veículos (564 mil) foram furtados ou roubados no Brasil ao longo de 2021, segundo estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ontem. A cada hora, são 64 roubos ou furtos de automóveis e motos no País. É a primeira vez que o instituto coleta e divulga dados sobre os crimes dessa forma, com o objetivo de medir também a violência que não é comunicada à polícia. 

Dados de ocorrências de furto e roubo são compilados pelas secretarias estaduais de Segurança Pública, mas historicamente não há um balanço nacional sobre esse tipo de violência. Tradicionalmente, quem faz essa compilação é o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que reúne pesquisadores, com base em registros policiais. 

Desta vez, as equipes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, do IBGE, investigaram a ocorrência de roubos e furtos junto a moradores de 15 anos ou mais – o período de referência os últimos 12 meses em relação à data da entrevista. 

Os resultados mostram que, no ano passado, 4,4 milhões de domicílios brasileiros tinham ao menos um morador que tinha sido vítima de furto (4% do total de domicílios do País) ou roubo (2%). Foram 342 mil furtos de veículos (192 mil carros e 150 mil motos) e 222 mil roubos de veículos (117 mil carros e 105 mil motos). Conforme o IBGE, “enquanto o furto se caracteriza pela ausência de violência ou ameaça à vítima, o roubo é definido pela sua presença, seja com ou sem o uso de arma”. 

A grande maioria (de 80% a 91%) das pessoas que tiveram carro ou moto furtada ou roubada deram queixa à polícia ou à guarda municipal. Entre os poucos que preferiram não registrar a ocorrência, as principais alegações foram “falta de provas”, “pouca confiança no trabalho de investigação” e “medo de represálias”, entre outros. 

Após uma queda de crimes patrimoniais durante a fase mais aguda da pandemia, quando governos locais impuseram quarentenas para frear o avanço da covid-19, vários Estados têm visto nos últimos meses aumento dos roubos e furtos. 

A alta de furtos e roubos de veículos de duas rodas, incluindo bicicletas, tem causado prejuízos às seguradoras e dificultado o fechamento de novos contratos para a oferta de proteção financeira contra esses tipos de crimes. 

Fonte: Agência Estado 

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