Testemunhas disseram que Olivas estava gritando que não queria voltar para o México e parecia estar sofrendo muito. Ele saltou de uma ponte a poucos metros de El Chaparral, o principal ponto de travessia na fronteira entre a cidade americana de San Diego e Tijuana, no México.

A imprensa local diz que um saco de plástico, como os usados pelos funcionários da alfândega norte-americana para colocar pertences dos migrantes, estava próximo à vítima.

Autoridades mexicanas disseram que foi a terceira vez que Olivas foi deportado dos EUA. Ele morreu de ataque cardíaco e devido às múltiplas fraturas.

Olivas nasceu em Sinaloa, um dos Estados mais violentos do México e reduto de um grande cartel de drogas.

Muitos mexicanos citam a violência local como um motivo para migrar para os EUA.

Reuters Fronteira entre EUA e México Chaparral é o principal ponto de travessia entre a mexicana Tijuana e San Diego, nos EUA 1

Deportações

Os EUA publicaram dois comunicados nesta terça-feira com o objetivo de acelerar a remoção de imigrantes sem documentos.

Um comunicado do chefe de Segurança Nacional, John Kelly, inclui instruções para impor uma diretriz existente da Lei de Imigração e Nacionalidade dos EUA, que permite que as autoridades enviem algumas pessoas capturadas ilegalmente na fronteira para o México, independentemente de onde elas são.

Não está claro se os EUA têm autoridade para forçar o México a aceitar estrangeiros. O ministro das Relações Exteriores mexicano, Luis Videgaray, disse que o país não aceitaria as propostas “unilaterais” de imigração.

Kelly e o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, devem chegar ao México na quarta-feira. Segundo Videgaray, as novas orientações sobre a atuação na fronteira seriam agora o ponto principal de discussão das reuniões.

Ele também disse que o México iria tomar ações legais para defender os direitos dos cidadãos mexicanos no exterior e, se necessário, levar a questão até a ONU.

Cerca de 11 milhões de imigrantes ilegais vivem nos EUA, muitos deles vindos do México. O presidente dos EUA, Donald Trump, fez da imigração e do controle de fronteiras um discurso fundamental de sua campanha.