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Transporte de órgãos para transplante cresce 35% no primeiro trimestre

Órgãos e tecidos foram levados, gratuitamente, por empresas da aviação civil que assinaram termo de cooperação.

© Divulgação/Ministério dos Transportes

A Central Nacional de Transplantes (CNT) transportou 330 órgãos, 818 tecidos e outros 606 itens para transplantes no primeiro trimestre de 2017, total de 1.754 — 35% a mais do que no mesmo período do ano passado.

Esse número representa 88,5% de todos os órgãos transportados no Brasil nos primeiros três meses do ano, e foram levados gratuitamente de um ponto a outro do País em aeronaves de aviação civil. No ano passado, foram transportados, ao todo, 6 mil itens para transplantes.

A operação é possível graças a um termo de cooperação do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Embora a CNT funcione desde 2001, foi a partir da assinatura deste termo, em 2011, que o transporte aéreo ganhou mais agilidade, eficiência e segurança.Com informações do Portal Brasil.

O transporte

Desde 2011, os órgãos transportados por avião são conduzidos pelas cinco empresas aéreas que assinaram o termo – Latam, Avianca, Gol, Azul e Passaredo –, assinado também pelo Ministério da Saúde, Aeronáutica, além de outras instituições públicas e privadas.

No primeiro trimestre de 2017, as companhias aéreas foram responsáveis por aproximadamente 88,5% (1.093 voos) da movimentação de órgãos, tecidos e outros itens de apoio à captação realizada no País. As empresas oferecem gratuitamente o transporte dos órgãos e da equipe. Os demais modais juntos fizeram 142 transportes de órgãos.

Nos três primeiros meses deste ano, a Força Aérea Brasileira (FAB) fez o transporte de 69 órgãos, a maior parte deles de corações e fígados – o coração é um órgão com tempo de retirada e implante menor (quatro horas). A FAB é acionada somente quando não há voos para atender a uma emergência.

Como funciona

Na CNT, plantonistas recebem ligações de todos os estados ofertando órgãos que precisam ser distribuídos para a lista nacional única: os estados ofertam órgãos quando naquele local não é realizada a modalidade específica de transplante ou não há receptores na lista. A CNT recebe as ofertas e gera uma lista de distribuição para os demais estados, de acordo com as prioridades. O número da central é 0800 644 6445.

Após confirmar o destino do órgão, a central busca a melhor forma de fazer o transporte e contata as companhias aéreas. O voo escolhido tem prioridade nos pousos e nas decolagens. Caso o voo já esteja lotado, as empresas consultam os passageiros para saber se algum deles pode ceder o lugar. Até hoje, segundo as companhias, todos cederam.

Para expandir o projeto, o Ministério dos Transportes e os demais órgãos envolvidos estão estudando a possibilidade de agregar novos parceiros, como os aeroportos regionais, no interior do País, e aeroportos internacionais.

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