Enquanto alguns pais reivindicam e obtêm descontos coletivos, outros se preocupam com manutenção de funcionários; rede pede paciência
SÃO PAULO – Com as aulas presenciais sem data de retorno por conta do novo coronavírus, em algumas escolas particulares de São Paulo grupos de pais se organizaram para pedir desconto coletivo, enquanto outros se preocupam com a manutenção dos funcionários e professores pelas instituições. Em meio a isso, a Secretaria Nacional do Consumidor recomenda o diálogo e evitar a judicialização – uma vez que a alteração é “por força maior”.
Mesmo entre as escolas de elite, há divergências. A escola britânica Saint Paul’sencaminhou nota aos pais, informando que dará desconto de 30%. “Esse valor será aplicado durante os meses em que a escola estiver operando por meio de plataformas de ensino online.” O Saint Paul’s não divulgou valores, mas a mensalidade média está em torno de R$ 8 mil.
Enquanto isso, o Bandeirantes informou que não dará desconto coletivo. O diretor, Mauro Aguiar, disse que a economia da instituição com a quarentena seria irrisória para conseguir reduzir a mensalidade dos 2.653 alunos. A mensalidade do Band custa entre R$ 4,6 mil e R$ 4,9 mil, a depender do ano escolar.
“Aprimoramos os canais de armazenamento e processamento. O Bandeirantes chega a ter 1,5 mil alunos conectados simultaneamente. Nosso custo deve até aumentar nesse período. Tivemos de aumentar a segurança na escola para evitar roubos de equipamento. Não vamos demitir os terceirizados, porque seria um crime social. Estamos abertos para analisar casos individuais”, disse Aguiar.
Na mesma linha, a Escola Mais não reduzirá a mensalidade, mas já está operando 100% digital e ofereceu ajuda a outras escolas para implementar o ensino a distância e ofertou gratuitamente todo o seu conteúdo digital, incluindo as aulas que acontecem em tempo real.
Fonte: Estadão