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Pai e filho são presos ao tentar abrir conta para depósito de R$ 28,8 bilhões

Gerente do BB desconfiou dos documentos apresentados para abertura da conta.

Empresários pai e filho foram presos tentando sacar R$ 28,8 bilhões em títulos. (Foto: Polícia Civil)

Com as prisões preventivas já decretadas por estelionato pela justiça, dois empresários paulistas, um de 65 anos e outro de 40, pai e filho, foram apresentados, na manhã desta quarta-feira (29/3), à imprensa pela delegada Maria Selma Lima, titular da 16ª Delegacia Territorial (DT/Pituba). Os dois são suspeitos de tentar aplicar um golpe de R$ 28,8 bilhões em Títulos do Tesouro Nacional (TTNs).

Um gerente do Banco do Brasil, agência da Avenida Manoel Dias, no bairro da Pituba, que atendeu os dois, na terça-feira (28), foi quem desconfiou do golpe e chamou a polícia. Pai e filho estavam acompanhados de um grupo de empresários de São Paulo e da Bahia. Uma equipe do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) foi à agência e conduziu todos à DT/Pituba, que ficou com o caso.

Em depoimento à delegada Maria Selma, o gerente do BB disse que os empresários foram à agência para abrir uma conta corrente e receber um depósito de R$ 28,8 bilhões referentes às TTNs que tinham em mãos. O Banco Central é que faria isso. Como os documentos de propriedade dos títulos que apresentaram eram incompatíveis tanto em relação aos valores, quanto em relação aos modelos usualmente usados nessas transações, decidiu denunciá-los.

Eles são proprietários de uma empresa com sede em Alphavile, em Barueri, estado de São Paulo, atuando no ramo de desenvolvimento e licenciamento de programas de computadores não customizáveis, e não em corretagem de valores, o que sugeriria alguém que porta títulos no valor de bilhões.

A delegada Maria Selma está buscando entender porque os dois empresários escolheram a Bahia para abrir uma conta corrente para a transação. Ela obteve informações de que os dois já estiveram em outros estados e em outros bancos com o mesmo objetivo: abrir uma conta corrente para sacar R$ 28,8 bilhões.

“Apreendemos vários documentos e, entre eles, há a presença de folhas de contratos de outros bancos e boletos também. Vamos investigar a fundo o que eles pretendiam”, disse a delegada, que já iniciou a coleta de depoimentos dos empresários que acompanhavam a dupla e saber qual era o papel deles e como se beneficiariam de tudo. “Alguns já desconfiam que seriam vítimas de um golpe também”, salientou.

 

 

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