Mesmo instituições que não foram citadas na Operação Carne Fraca tiveram queda considerável nas vendas.
Cooperativas que exportam frango e não estão sendo investigadas na Operação Carne Fraca da Polícia Federal (PF) também estão sofrendo os efeitos da crise gerada pela má reputação da carne brasileira no exterior. Cargas estão se acumulando nos portos e muito embarques foram suspensos.
A cooperativa de Cascavel, no Paraná, mantém uma câmara fria com capacidade para armazenar três mil toneladas de frango, que está quase sem espaço para estocar o produto, mesmo tendo reduzido a produção em 10%, segundo o Globo Rural.
“Como nós não temos novos contratos de exportação e não estamos carregando para alguns países, nós temos as nossas câmaras frias chegando ao limite da capacidade a nossa primeira decisão foi diminuir o abate, retendo o frango no campo. E a segunda decisão vai ser diminuir o alojamento de pintinhos”, explicou Dilvo Grolli, presidente da instituição.
Outras quatro cooperativas do estado têm um terminal ferroviário por onde transportam de 180 a 200 contêineres toda semana para o porto de Paranaguá, para exportação. Após a operação da PF, o movimento caiu pela metade e os contêineres estão carregados de carne.
“A gente não sabe se o país de destino vai receber os contêineres. Corre-se o risco de mandar uma mercadoria via navio para o destino e ter que retornar para o Brasil, ou vender para outro destino, que nem sempre vai absorver também. Fica uma incógnita muito grande, uma indecisão do mercado”, explica Edson Vidal, gerente da unidade da Cotriguaçu